terça-feira, 5 de outubro de 2010

2º SEMESTRE -(2007/1) Fundamentos da Alfabetização

Na disciplina Fundamentos da Alfabetização, estudamos sobre letramento,métodos de alfabetização e níveis (Emília Ferreiro)

Percebemos nesta disciplina que não podemos só alfabetizar devemos letrar o nosso aluno. Apesar das dificuldades existentes em escola de periferia, o qual é o lugar onde trabalho é muito gratificante. Quando a gente vê os alunos lendo, ou tentando ler as palavras que não foram decoradas é uma grande emoção.

São crianças que precisam da escola para reconhecer a importância de saber ler e escrever. Temos o compromisso de incentivá-los e mostrar-lhes o quanto nos fará falta se não nos dedicarmos.

Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas.

Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada mas não é letrada.”

Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes contextos ou circunstâncias.

Letramento é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, mais que isso, por toda a vida. O processo de escolarização é fundamentalmente, um processo de letramento.

. Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento. São práticas comuns de leitura e escrita. Se não souber fazer estas atividades comuns, pode ser alfabetizado, mas não é letrado.

Para alfabetizar e letrar uma criança, o professor deve propor atividades que envolvam a leitura e a escrita na forma em que estas estão contextualizadas, ou seja, a partir das práticas cotidianas reais de escrita da criança. É preciso que ela perceba as funções da escrita sinta-se inserida num contexto equivalente ao seu cotidiano extra-escolar. Ex.: Brincar de supermercado, que exige a leitura de produtos e a escrita de listas de compras, o aluno pode identificar as funções da escrita de acordo com suas necessidades.

Letrar é mais que alfabetizar.

Método de alfabetização Analítico (Global):

Este método parte do conjunto para o detalhe, isto é, da frase para a palavra, desta para a sílaba e para a letra.

O método analítico se decompõe em:

a) Palavração: diz respeito ao estudo de palavras, sem decompô-las, imediatamente, em sílabas; assim, quando as crianças conhecem determinadas palavras, é proposto que componham pequenos textos;

b) Sentenciação: formam-se as orações de acordo com os interesses dominantes da sala. Depois de exposta uma oração, essa vai ser decomposta em palavras, depois em sílabas;

c) Conto: a idéia fundamental aqui é fazer com que a criança entenda que ler é descobrir o que está escrito. Da mesma maneira que as modalidades anteriores, pretendia-se decompor pequenas histórias em partes cada vez menores: orações, expressões, palavras e sílabas.

O que é o método de alfabetização Sintético?

Este método consiste na correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia. Estabelece correspondência a partir dos elementos mínimos (que são as letras) em um processo que consiste em ir das partes ao todo.

A ênfase está na análise auditiva para que os sons sejam separados e estabelecidas as correspondências grafema-fonema (letra som).

Alguns princípios do método:

  • pronúncia correta para evitar confusões entre os fonemas
  • grafias de formas semelhantes devem ser apresentadas separadamente para evitar confusões visuais entre elas.
  • Ensinar um par de grafema-fonema de cada vez, sem passas para outro enquanto a associação não estiver bem memorizada.
  • Iniciar com os casos de ortografia regular, isto é, palavras nas quais a grafia coincida com a pronúncia.

O Sintético tem o método de soletração , silabação e fônico.

O objetivo maior da soletração é ensinar a combinatória de letras e som. Tem a memorização como recurso didático.

A silabação da ênfase excessiva nos mecanismos de codificação e decodificação, apelo excessivo à memória e não à compreensão, pouca capacidade de motivar os alunos para a leitura e a escrita.

O fônico ensina o aluno produzir oralmente os sons representados pelas letras e a uni-los para formar as palavras.

Os professores devem usar o letramento para ajudar os alunos na leitura de mundo, usando o método mais apropriado as suas ações e devem fazer testagens nos alunos através dos níveis – da Psicogênese da Língua Escrita.

Nível 1 – o aluno faz desenhos

Nível 2 – o aluno coloca letras diferentes para palavras diferentes

Nível 3 – percebe o valor sonoro, escreve por silabas

Nível 4 – coloca quase todas as letras é Silábico Alfabético

Nível 5 – o aluno já está alfabético, apenas erra algumas grafias.

Realizando estes testes de níveis o professor percebe o crescimento do aluno, sabendo que Le não esta escrevendo errado, mas sim construindo o seu conhecimento de escrita e leitura

Um comentário:

Rosangela disse...

Silvia

mas uma vez pode se dar conta de quao importante é p teoria para que consigamos entender para irmos além do alfabertizar e chegar-se ao efetivo letramento.
abraços
rosangela