quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ALFABETIZAÇÃO

Lendo o texto:”Nada é mais gratificante do que alfabetizar (Entrevista com Magda Soares)” Destaco esta pergunta que gostaria de comentar:

“Em cursos para professores nas universidades, os alfabetizadores chegam com a expectativa de encontrar uma "receita"...
Eu acho que os professores têm razão quando querem saber "o que fazer". A nossa posição, na academia, é relativamente confortável, porque desenvolvemos pesquisas e discutimos teorias... Mas o alfabetizador se vê na sala de aula com 30, 40 crianças em sua frente, e tem de fazer com que essas crianças aprendam a ler e a escrever. A etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino. Porque, quando se é professor de Português, depois que a criança já aprendeu a ler e a escrever, os resultados perseguidos e mesmo os obtidos são mais imprecisos: há alunos que interpretam melhor, outros têm mais difi¬culdade... Com Geografia, com História, é também assim: uns aprendem mais, outros menos... Já com a alfabetização é diferente, porque, ao final do ano, é preto no branco: a criança está ou não está alfabetizada. Por isso, entre os professores, a alfabetizadora é a mais claramente avaliada: ou alfabetizou ou não alfabetizou. Ela enfrenta a pergunta: "Quantos alfabetizados você já tem na sua sala?" Implicitamente: quantos alunos você já alfabetizou? Ela mesma diz frases como: "Estou chegando ao fim do ano com as crianças quase todas alfabetizadas". Uma fala que jamais se ouve de professor de qualquer outra disciplina.”

Como diz a entrevistada Magda :”A etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino” Concordo com ela, quem nunca teve uma a turma de alfabetização não sabe da batalha que as professoras passam para que um aluno, principalmente de escola de periferia consiga alfabetizar-se em um ano e, ainda com turmas grandes, com alunos de inclusão por aprendizagem, com alunos imaturos, com pais sem noção do tipo de filho que tem, com crianças agressivas, porque só tem agressividade em sua casa. São vários problemas enfrentados em uma sala de aula e no final do ano realmente enfrentam a pergunta: : "Quantos alfabetizados você já tem na sua sala?" Implicitamente: quantos alunos você já alfabetizou?
Eu já passei vários anos alfabetizando. O final do ano é o período mais difícil para o professor alfabetizador, enquanto muitos professores estão felizes porque o ano está acabando, o professor alfabetizador está angustiado, porque alguns estão quase conseguindo, se tivesse mais dois meses de aula... e daí aprovar ou não aprovar este aluno que falta só um pouquinho? Ás vezes era aprovado, mas no ano seguinte vinha o arrependimento. – Ele deveria ter ficado mais um ano na alfabetização. Ou a alegria: - Ainda bem que aprovei, ele está indo tão bem! Mas também é a série onde se vê melhor os resultados do teu trabalho é muito gratificante saber que você ajudou muitos alunos a ler e a escrever, alguns ao final do ano escrevem cartinhas agradecendo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


TEMAS GERADORES

Com os temas geradores, proposta de Paulo Freire, trouxe mais praticidade, significado e coerências as aulas de alfabetização, tanto para crianças como para adultos.

O professor irá com os temas geradores trabalhar de uma maneira mais concreta. Dialogando com seus alunos. Fazendo-os participar dizendo tudo o que sabem sobre o tema trabalhado, passando a sua sabedoria aos outros, inclusive ao professor. Tendo mais prazer em aprender, sabendo que o que está aprendendo é parte de seu conhecimento, não ficará alheio a conversas do professor e seus colegas. Assim os alunos se tornarão mais críticos e conscientes, sujeito de sua história e aprendizado, com competência e coerência.

Com os temas geradores não é o professor que ensina, mas sim junto com seus alunos irão construir o que aprender, a missão do professor é facilitar o conhecimento, mostrando o caminho e conteúdos necessários e interessantes, para junto com a turma construírem o aprendizado.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MENINO SELVAGEM


O filme: “O Menino Selvagem”, nos conta a história de uma criança de mais ou menos doze anos, que foi encontrada em uma floresta, como sempre viveu na floresta tinha hábitos de animais. Fugia ao contato de pessoas, não sabia falar, parecia ser surdo e mudo, porque só emitia grunhidos e sons estranhos, não reagia a nada, cheirava tudo que levava às mãos, comia bolotas e raízes, coçava a cabeça e o corpo como os animais, tinha um olhar vago ... Quando encontrado, caminhava como animal com quatro patas, tomava água com a boca, era muito ágil para subir em árvores e defender-se de outros animais, não gostava de contatos físicos.
Nesta época as pessoas surdas eram sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade, imaginem um menino selvagem!! Deve ser sido um grande alvoroço na sociedade.
Foi levado para Paris para uma instituição destinada a doentes surdos. Pois já havia escolas destinadas a surdos, Abade Charles Michel de L’Epée (1712-1789), Fundou a primeira escola pública para os surdos “Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris” e ensinou inúmeros professores para surdos.
Lá não tinha muitos cuidados, fugia dos colegas, escondia-se em um monte de folhas, deitava debaixo da cama e era explorado pelos guardas. Despertou um grande interesse entre filósofos, cientistas e cidadão em comum. Todos queriam ver o menino selvagem.
O Professor Itard e o professor Pinel resolveram tirá-lo da instituição, questionando-se era possível educá-lo ou se era melhor deixá-lo na floresta. O professor Pinel considerava o menino como um idiota e que não havia esperança nenhuma em educá-lo e Segundo Pinel o menino tinha sido abandonado e esfaqueado pelos pais, pois tinha uma cicatriz de corte no pescoço, por ser anormal. Para o professor Itard ele não era idiota, contrariando assim a fala do professor Pinel. Era uma criança que teve a infelicidade de passar anos sozinho em uma floresta sem o contato com seres humanos, somente com animais, por isso parecia ser idiota.
O Professor Itard, afirmava que o surdo podia ser treinado para ouvir palavras. Então propõe-se a tentar educá-lo.
Levou o menino para a sua casa, encarregando-se da sua educação moral e intelectual com o propósito de torná-lo apto ao convívio em sociedade. Contratou uma governanta, Madame Guérin, que passa a morar junto com eles.
Deram o nome do menino de Victor.
O Professor Itard, ia testando várias maneiras de ensinar o menino a ler e escrever, dava-lhe castigos, quando não acertava, ou como prêmio um pouco de água ou leite, porque era algo que ele gostava muito.
O Professor Itard acreditava na aprendizagem do menino, apesar de ser muito lenta. O menino aprendia o som das letras, alfabeto móvel, e com ele aprendeu a escrever e identificar seu nome, alguns objetos e a palavra leite. O professor ainda tentou sem grande progresso que ele falasse leite, sentindo o som que saia da garganta e repetindo o movimento dos lábios. O método que o professor usava era associação da palavra com a imagem e o som . Quando o menino cansava ele ficava muito agressivo, era preciso dar passeios pelos campos com ele. O professor na ânsia de ver grandes resultados, fazia o menino estudar muitas horas por dia, o qual logo foi advertido pela governanta que era muito esforço para um menino que até pouco tempo era um selvagem e vivia como um animal.
O professor Itard acreditou no menino selvagem e fez grandes progressos. O menino conseguiu andar só com os pés, comer com suas próprias mãos, entender e escrever algumas palavras.
Todas as histórias que conhecemos como a de Jonas, Hellen Keller e a do Victor mostram que todos tem capacidade de aprender, basta ter pessoas que acreditem no potencial de cada um.
Na história dos surdos encontramos muitas pessoas que batalharam e batalham para que cada vez mais os surdos tenham condições de aprenderem com qualidade. Na idade média eram sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade, não recebiam comunhão e não recebiam heranças, não podiam votar, não podiam usufruir os direitos de cidadãos.
Depois de muitos estudos sobre os surdos, eles conseguiram grandes progressos. Foram criadas várias escolas destinadas a pessoas com esta deficiência.
Em 1864 foi fundada a primeira universidade nacional para surdos “Universidade Gallaudet” em Washington – Estados Unidos, um sonho de Thomas Hopkins Gallaudet realizado pelo filho do mesmo, Edward Miner Gallaudet (1837-1917).
Os esforço de todos foram muitos tendo também o dia do surdo que é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à inauguração da primeira escola de surdos do Brasil em 1857, o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).Temos agora curso de graduação em Letras e Libras, tudo isto é uma grande conquista de todos os que batalharam e não esconderam a deficiência sua ou de algum parente.

Bibliografia:
Textos: *Jean Itard e Victor do Aveyron: uma experiência pedagógica do século XIX e suas repercussões (*) Luci Banks-leite e Izabel Galvão, Universidade Estadula de Campinas, Universidade de São Paulo, Brasil.
*História dos surdos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

Crianças pequenas costumas misturar nas histórias que contam fatos reais com imaginários, como deu para perceber na leitura do texto; (Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.), isto é comum e faz parte do desenvolvimento cognitivo de cada criança, não é falta de clareza do que é real ou imaginário, é uma construção do processo narrativo. Por isso é muito importante que se leia muito para as crianças, desde pequenos, todos os tipos de histórias, ficção ou relatos de experiências, contos de fada, para que ela possa ter em seu repertório imagens, ações, lugares, vários tipos de histórias que possa utilizar mais tarde nas escritas de redações, nestes momentos ela poderá lembrar de todo o repertório acumulado desde os primeiros meses de vida.

“A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.”( Tem um monstro no meio da história( Gurgel, 2009).In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.)

É saudável a criança misturar o real com o imaginário e o adulto não deve questionar se é verdade ou invenção e sim embarcar na sua história perguntando os detalhes e não tirar conclusões precipitadas sobre os contos das crianças.

Algum tempo atrás trabalhei com alunos da pré escola e lembro-me de ter um aluno que sempre contava histórias, misturando o real com o imaginário, ele sempre transportava as histórias para a sua família, ou sempre tinha acontecido algo com ele. Agora entendo que o que ele estava usando era o sincretismo, até comentei com os pais dele sobre o fato de ele sempre contar histórias imaginárias, os pais não souberam dizer nada e como eu também não entendia nada achei que o menino tinha algum problema de inveja dos colegas.

Bibliografia:

Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MOVIMENTO DA ESCOLA NOVA

Lendo sobre os principais integrantes do movimento da Escola Nova (Ovide Decroly,Célestin Freinet,Maria Montessori e John Dewey),os quais fizeram uma profunda crítica a escola tradicional, percebo que muitas coisas que fizemos é um pouco do discurso de cada um, disposição em grupos na sala, passeios para observação do meio ambiente, conversação com os alunos, centros de interesses, tudo isto já foi pensado há muito tempo atrás, mas parece algo recente, pois quando eu estudava nas séries iniciais não me lembro de realizar muitos passeios, trabalhos em grupos, lembro–me de provas, ditado, compreensão de textos com muitas perguntas, aulas mais tradicionais. E estes pensadores já falavam em uma Escola Nova, desde o século XIX para o XX. Os escolanovistas procuraram criar formas de organização do ensino que tivessem as seguintes características: a globalização, o interesse imediato do aluno, a participação dos alunos e da comunidade, uma reorganização da didática e do espaço da sala de aula. Nestas experiências vamos encontrar vários tipos de caminhos como: as unidades didáticas, os centros de interesse e os projetos. Como já coloquei na postagem anterior com os alunos de currículo é mais fácil, trabalhar com um mesmo projeto, com os alunos de área é mais complicado, por isso os professores ainda continuam trabalhando separados apesar de há tanto tempo já haver pesquisas sobre a importância de um trabalho mais integrado, voltado para as necessidades dos educandos. Acredito que o estilo tradicional está ainda muito enraizado, como coloquei no tempo em que eu estudava até a oitava série já havia estas pesquisas, mas pouco era aplicada, ainda hoje tem muito tradicionalismo nas escolas. Em minha sala de aula sempre que possível trabalho em grupo (neste semestre não aconteceu nenhum trabalho em grupo por causa da gripe A), questiono muito os alunos, tento trazer a realidade para a sala de aula. Recebemos toda a segunda feira o jornal NH, a partir do jornal trazemos alguns assuntos que interessam mais para eles, só que alguns levam o jornal para casa e não lêem nada, talvez é pela falta de hábito de seus pais.Mas não devemos desanimar e procurar sempre o melhor para os nossos educandos, porque o pouco que algumas pessoas sabem aprenderam nas escolas.
Bibliografia:
Textos:
*John Dewey – O pensador que levou a prática para a escola
*Ovide Decroly – O primeiro a tratar o saber como um só
*Célestin Freinet – O mestre do trabalho e do bom senso
*Maria Montessori – A médica que valorizou o aluno

Currículo Integrado

No texto : “As Origens da Modalidade de Currículo Integrado”, mostrou como a escola acompanhou a tendência da evolução das necessidades do mercado econômico. Na filosofia Fordista e Taylorista acentuavam a fragmentação das atividades, divisão social e técnica do trabalho onde cada trabalhador era sabedor e comprometido com apenas um tipo de atividade sem se preocupar com o todo, mas na década de 80 o modelo Taylorista e Fordista começam a apresentar sinais de esgotamento, havendo assim uma reorganização de trabalhos centrados em grupos que demonstrem cooperação e compromisso em aumentar a produtividade e qualidade do produto da empresa. Nas escolas começa a aparecer as idéias como ensino globalizado, interdisciplinaridade, para se fazer um trabalho mais integrado, onde os professores falem para o aluno a mesma língua ao mesmo tempo, sem ficar muito dividido os conteúdos a serem trabalhados. Mas o que noto ainda nas escolas, é que o currículo, onde há geralmente dois ou três professores, conseguem fazer um trabalho mais integrado, mas na área de 5ª a 8ª é muito complicado juntar os professores para fazerem um mesmo projeto. Sei que há muitos TCC falando da importância desta interdisciplinaridade. Mas para que esta transformação aconteça deve-se desfazer de discurso e demagogia, de apenas frase feitas. As instituições escolares devem ter profissionais com muitas capacidades, conhecimentos , habilidades e dispostos a este grande desafio, pois um trabalho integrado é uma desacomodação.

BIBLIOGRAFIA

SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Polo Universitário de Educação à Distãncia de Sapiranga


No dia 14 de outubro de 2009, ocorreu no Centro de Cultura de Sapiranga, um encontro com todas as universidades que oferecem cursos de graduação e pós-graduação à distância no município, UFRGS, FURG, UFPEL,UFSM. Estavam presentes algumas autoridades, o prefeito de Sapiranga, coordenadores dos cursos, tutores e alunos.
Cada representante das universidades falou da importância destes cursos no dias de hoje, onde o aluno pode se adequar ao seu tempo, determinando os seus horários e locais para seus estudos. Os alunos destes cursos são igual ou melhor que os alunos dos presenciais.
Eu faço parte desta Educação à Distância e posso dizer que é muito mais trabalhosos, ser aluno à distância do que aluno presencial. Nós precisamos buscar nosso aprendizado, ir atrás do que não entendemos, Em uma aula presencial o professor está lá, frente á frente podendo responder aos nossos questionamentos, nossas dúvidas. Na educação a distância, também podemos questionar o professor, mas é quase tudo virtual. Precisamos, além de entender o conteúdo do curso, também entender de tecnologias, para podermos realizar as atividades com qualidade. Precisamos ser alunas independentes que buscam sempre mais para qualificar o seu aprendizado.
Nestes três anos e meio que estou no PEAD, aprendi muito, tive muitos desafios, acredito que alguns ainda estão por vir, mas é com muito orgulho que estou cursando Pedagogia à Distância pela UFRGS.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS


Alfabetização de adultos: ainda um desafio. Este título e este texto da Regina Hara, expressa muito bem as dificuldades encontradas por educadores e educandos para que tenham uma alfabetização de adultos com qualidade. Como o texto mesmo diz:
“Os desafios que os educadores têm tido nas várias práticas de escolarização popular não são pequenos. Dificuldades em ensinar, em lidar com a motivação, em conseguir ganhos de consciência são permanentes nos depoimentos daqueles que buscaram o trabalho com adultos das camadas populares.
Seus desafios são enormes na busca de instrumentos e elementos políticos
que tornem possível o controle destes setores pelas camadas populares, ao mesmo tempo em que buscam processos sistemáticos de ação educativa com competência e que possam garantir a aprendizagem com qualidade.” HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.
Para os educandos também não é nada fácil, estudar depois de uma certa idade, a sociedade, os problemas familiares, a motivação, o peso que cada um deve dar para os seus objetivos a serem alcançados, deve ser bem pensado e pesado. Precisam atravessar muitos obstáculos. Ilustra muito bem o texto, quando nos diz:

“Sabemos que para os adultos das camadas populares, dentre as adversidades que a sociedade lhes impõe, a questão da escolarização tem peso menor para a sua sobrevivência. Questões como habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte, são prioritárias em relação aos processos escolares.
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.

Depois da troca de idéias no fórum e da leitura do texto, pude perceber o quanto é grande o desafio do professor da EJA, há muitos obstáculos para que um aluno continue e termine a sua formação: o professor não pode ter a mesma metodologia usada com os pequenos, deve fazer uma leitura do mundo, trazendo o conhecimento de cada um, refletindo criticamente sobre a realidade da nossa sociedade, buscar em cada educando o porquê de continuar/começar os estudos, cada educando deve ter claro quais são os seus objetivos, o professor ainda deve tentar apagar ou amenizar as lembranças frustrantes que cada um teve enquanto criança de professores bravos e sem paciência que recorriam a castigos físicos e humilhações, uma recordação de fracasso. Mas acredito que a recompensa é muito maior do que a alfabetização de crianças, porque adultos já viveram o problema de não saber ler e escrever, assim este aprendizado em suas vidas vale ouro!


Bibliografia:
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

MEU NOME É JONAS

O filme: Meu nome é Jonas, mostra uma realidade que poucas pessoas conhecem. A dificuldade que uma pessoa surda, neste caso surda e muda, passa até ser compreendido. Neste filme o Jonas ficou três anos internado como deficiente mental. Este diagnóstico errado deixou esta criança e seus familiares com grande problema de entendimento, pois ele não foi tratado como deveria neste tempo que esteve internado. Quando voltou para casa, não era entendido, não conseguia fazer-se entender. O filme nos mostrou a realidade da família, a dificuldade de lidar com o problema e mais o preconceito de todos. Só depois de muita procura e insistência a mãe conseguiu que o filho conhecesse a linguagem dos sinais, a qual na época não era aconselhada por muitas pessoas, mas só assim ele pode comunicar-se, tornando-se uma pessoa mais feliz e integrada com a sociedade, consequentemente sua mãe também ficou muito feliz.

Eu não entendo a linguagem dos sinais. Nunca precisei comunicar-me com uma pessoa surda, mas acredito que seria muito difícil!

Deveria haver nas escolas professoras especializadas nesta linguagem, para que os alunos surdo não se sintam prejudicados, discriminados ao pedirem uma vaga e ganharem um não, por ter esta deficiência. Ou a cada três escolas perto, ter alguém especializado.

No município de Sapiranga eu sei que tem a APADA que atende alunos surdos e sei que uma escola atende alunos com deficiência visual. Em outras escolas não há profissionais especializados.

Frases para reflexão:

"Os surdos podem comunicar-se mais facilmente e com maior precisão pela Língua de Sinais, porque o cérebro deles se adapta para esse meio e, se forçados a falar, nunca conseguirão uma linguagem eficiente e serão duplamente deficientes."
Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos Surdos
Oliver Sacks


" Uma língua é um lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites de nosso pensar e sentir."
Vergílio Ferreira


PROJETOS DE APRENDIZAGENS

É muito interessante um trabalho desenvolvido por PA, pois trabalha capacidades pessoais, sociais, envolve várias disciplinas e o aluno não estuda conteúdos isolados, estuda só os que interessam realmente para a realização do PA. No decorrer das descobertas os alunos poderão comprovar suas certezas e encontrar respostas para as dúvidas, poderão surgir novas certezas e dúvidas, trazendo assim um grande aprendizado em várias áreas do conhecimento. Trabalhando em grupo possibilita o diálogo, a troca de informações, devem aprender a respeitar o outro com suas idéias e limitações.
Mas colocar um PA em prática em uma escola de periferia, onde muitos alunos possuem deficiência na aprendizagem, agressividade a flor da pele, acredito ser um grande desafio. Pois não podemos contar com os pais, dos quais muitos são analfabetos, não possuem material de pesquisa, como jornais, revistas, etc. É um trabalho que mexe com as estruturas de muitos professores e familiares, que estão acostumados com uma maneira mais tradicional. Nossos projetos são feitos por nós, com pouca participação dos alunos. Levando para casa algumas atividades fáceis de resolver, as quais muitas respostas estão no caderno, e se não tiver no caderno os pais vão até a escola questionar, como o filho vai responder se não há respostas no caderno, não possuem o costume de pesquisar.
Num PA o aluno será um agente ativo, buscando, fazendo sua própria pesquisa, em livros, revistas, com pais e internet. Devem organizar uma página onde todo o grupo posta as suas descobertas e aprendizagens.
Este é outro problema que teremos, como vamos trabalhar um PA usando a tecnologia, se em nossas escola há poucos computadores ( 9 ), sendo nossas turmas com um grande número de alunos (27 a 30)? (Esta questão é algo para ser bem pensado).
Para trabalharmos um bom PA, temos um grande desafio, devemos ter o apoio de todos da escola e famílias.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LETRAMENTO


Letramento é mais que alfabetização, uma pessoa pode ser letrada e não alfabetizada, ou vice-versa, pois a escrita, os sinais, estão em toda parte e as pessoas não alfabetizadas devem achar um meio de entender este mundo.
Letramento é um conjunto de práticas sociais que usa a escrita formal, a escrita em forma de símbolos, as cores, a tecnologia, em contextos específicos. É um fenômeno que extrapola o mundo da escrita.
As escolas, as famílias, as igrejas, a rua como lugar de trabalho, mostram orientações de letramento diferentes.
As escolas preocupam-se com o letramento, prática social, mas ensinam apenas , o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), processo necessário para o sucesso e promoçção na escola.
A escola como a principal instituição das agências de letramento deixa muito a desejar, pois não desenvolve todos os tipos de habilidades, quando delimita a pratica em um só tipo de letramento (alfabético e numérico). Assim o aluno é alfabetizado e não letrado, não consegue compreender tudo na sua prática social, tendo muitas limitações.
As escolas deveriam trabalhar melhor o letramento e dar condições para seu aluno ficar letrado.
Em nosso município de Sapiranga, as turmas dos 3º anos estão recebendo o jornal NH, então neste meio de comunicação poderemos ajudar o nosso aluno a entender melhor alguns assuntos. No momento o jornal NH está postando comentários para crianças, em uma linguagem mais infantil, isto é muito bom, pois ajuda no entendimento pelos alunos.
Meus alunos levam o jornal para casa para ser lido com os pais, alguns não leem, mas os que leem gostam de comentar o que foi lido em casa. A maioria gosta da parte “pra criança”.
Procurando informações sobre letramento achei um artigo muito bom, bem explicado de fácil entendimento, de Magda Becker Soares, mas esta frase fez-me pensar:
“De que adianta alfabetizar se os alunos não têm dinheiro para comprar um livro ou uma revista?” A escola, além de alfabetizar, precisa dar as condições necessárias para o letramento.”
Como a escola fará para realmente alfabetizar e letrar?
BIBLIOGRAFIA: Modelos de letramento e as práticas de alfabetização
na escola (KLEIMAN, 2006).
http://e-educador.com/index.php/artigos-mainmenu-100/201-o-que-etramento-

LIBRAS


Achei muito interessante a aula de libras com a professora Eleonora, pois ela tendo que vivenciar o problema do surdo, soube muito bem passar para nós, esta cultura, esta língua, que só olhando parecia muito fácil. Mas no momento que ela pediu que representássemos as letras, achei bem complicado, muitas letras não consegui fazer corretamente o movimento.

Uma frase que a professora disse que eu não havia me dado conta é que “surdo não é mudo”, pensando bem é uma grande verdade, mas já está enraizado a frase surdo-mudo.

A língua dos sinais é o idioma dos surdos, assim eles conseguem ser compreendidos. Por isso é muito importante que todos saibam a língua dos sinais, para poderem também participar do entendimento dos surdos e tornando mais fácil a vida de todos que convivem com estas pessoas.

Encontrei um site que mostra os sinais utilizados para cada palavra. Quem sabe olhando e treinando muito aprenderei.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

COMÊNIO


COMÊNIO
Fico me perguntando: Como nunca ouvi falar em Comênio? Só agora numa graduação ouvi falar nele, alguém que desde o século XVII preocupava-se com a “arte de ensinar”.E ainda é uma preocupação. Por que passou-se por tantos caminhos de pedagogia tradicional se no século XVII já havia alguém dizendo que temos que motivar os alunos, preocupar-nos com a experiência de cada um, se utilizar de brincadeiras,não sobrecarregar as aulas, manter um bom relacionamento com todos. Tirando o aluno da passividade, observando e fazendo experiências para adquirir conhecimentos. Tudo isto ainda são falas em reuniões pedagógicas!!! Como é difícil mudar!!!!

PLANEJAMENTO


Após a leitura do texto: Planejamento em busca de caminhos, de Maria Bernadete Castro Rodrigues, pude perceber o quanto já foi mudado os planejamentos de aula. Já fiz muita coisa que está descrita no texto: planos de unidades, planos de estudos, sondagem. Neste meus anos de docência, já escutei sobre muitas maneiras de planejar, no início o plano deveria ser completo sem perspectiva de mudanças, depois lembro-me que não deveria ter um plano pronto, apenas uns tópicos, pois ao alunos é quem decidiriam o que fazer, agora temos o meio termo, devemos ter um plano, mas este pode ser mudado se for necessário. Acredito que este é o mais correto, pois não sabemos exatamente o que acontecerá na aula, se haverá algo mais interessante do que planejamos. Mas devemos planejar para ficar organizado e registrado os objetivos que queremos alcançar com a nossa turma.


ESCOLA


ESCOLA.... QUAL É A IDEAL?

Em nossa aula presencial de didática e planejamento o professor através de uma brincadeira, fez nos pensar sobre uma escola ideal. Deveríamos em grupo, pensar em construir uma escola em outro planeta. O que seria necessário para fazermos uma escola em outro planeta? Pensamos em espaço físico, o que trabalhar com os alunos, como trabalhar com eles. Decidimos que ficaríamos em um ginásio, que os alunos não seriam obrigados a ir na escola, mas esta faria de tudo para atrair os alunos, não teria um conteúdo pré - estabelecido, todos iriam estudar coisas que se interessassem, observando os adultos, para aprenderem sempre mais. Será que esta escola funcionaria? Aqui em nosso planeta as crianças são obrigadas a estudar, poucos vão porque gostam de estar na escola, isso deixa a sala de aula muito tumultuada, porque estes alunos não se interessam por nada que a escola tem para oferecer, mas devem ir para a escola.

Muitos, hoje em dia, não dão valor a sabedoria dos mais velhos, acham que estes não sabem nada. Desperdiçando aí muitas aprendizagens!

Nossas escolas deveriam ser mais atrativas, com recursos diversificados, com materiais alternativos a vontade, sem depender da aquisição dos alunos, que muitas vezes, por causa de sua condição financeira, não conseguem adquirir o que lhe é solicitado, deixando assim a aula preparada pela professora sem sentido. Neste nosso Brasil é gastados milhões em mordomias para certos políticos, deveriam fazer uma redistribuição financeira e pensar mais em educação e saúde para o povo. Quem sabe com material a vontade os profissionais da educação poderiam mostrar novos caminhos aos menos favorecidos. Animando-os mais em sala de aula.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

EJA (Educação de Jovens e Adultos)


A FUNÇÃO DA EJA

A Educação de Jovens e Adultos ( EJA) representa uma dívida social não reparada para com aqueles que não tiveram acesso e nem domínio da escrita e da leitura. Dos que tiveram uma interrupção forçada de seus estudos, seja pela repetência ou evasão, seja pelas desigualdades de permanência ou outras condições adversas. Ser privado deste acesso é a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na sociedade. Deve ser saudada como uma reparação corretiva, ainda que tardia possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social. Por isso foi criado a EJA, para que todos tivessem um bom desenvolvimento de suas habilidades e adquirir um nível profissional mais qualificado. . A EJA é uma promessa de qualificação de vida para todos, inclusive para os idosos, que muito têm a ensinar para as novas gerações A EJA tem função reparadora, equalizadora e permanente, qualificadora.
Acredito que com a EJA muitos cidadãos que já tinham desistido de qualificar-se, terminar seus estudos, consigam resgatar seus sonhos e melhorar de vida, após essa oportunidade concreta de poderem freqüentar uma escola com qualidade, para jovens e adultos, para uma igualdade de oportunidades.
A EJA é uma promessa a ser realizada na conquista de conhecimentos até então obstaculizados por uma sociedade onde o imperativo do sobreviver comprime os espaços da igualdade e da liberdade. Muitos jovens ainda não empregados, desempregados, empregados em ocupações precárias e vacilantes podem encontrar nos espaços e tempos da EJA, seja nas funções de reparação e de equalização, seja na função qualificadora, um lugar de melhor capacitação para o mundo do trabalho e para a atribuição de significados às experiências sócio-culturais trazidas por eles.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FALA-SE/ECREVE-SE/LÊ-SE SEMPRE DO MESMO JEITO?


A nossa fala, a nossa leitura, a nossa escrita não acontece sempre do mesmo jeito. Tudo depende do lugar onde estamos, com quem estamos falando, o que e para que estamos lendo. A linguagem escrita e oral sofre alterações socioculturais.

Na escola devemos mostrar aos alunos a linguagem e a escrita formal, pois há muito preconceito quando alguém não fala e não sabe escrever formalmente. Mas não devemos cobrar-lhes uma “língua padrão”, devem falar do jeito que acharem melhor, mas quando entregam algum trabalho escrito, este sim deve obedecer as regras pré estipuladas. Por isso é muito complicado para este aluno escrever “corretamente”, respeitando as regras da escrita formal, pois em seu meio o linguajar é diferente do que é ensinado no âmbito escolar, e como não tem hábito de ler, jornais, revistas... Não sabe escrever de uma maneira que será aceito pela sociedade que se diz “mais culta”.

Como fazer os alunos lerem, escutarem, palestras, teatros, entrevistas, programas que trazem mais cultura...Por que muitas vezes o que escutam é péssimos teatros, os quais falam muita bobagem, não acrescentando em nada na cultura das pessoas. Olham péssimos programas, os quais só reforçam a maneira diferente de falar e escrever.

Os alunos deveriam ler bons livros, olhar bons programas, para que consigam diferenciar uma fala coloquial de uma formal, para que saibam que existe formas diferentes de escrever e falar o mesmo assunto, podendo assim conforme a situação em que se encontrar poder expressar-se adequadamente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Reflexão sobre o texto: "O Menininho"


REFLEXÃO SOBRE O TEXTO:

“O MENININHO”

Helen Buckley

Já conhecia este texto e sempre achei muito triste, uma professora limitar a criatividade do seu aluno. Sempre me pergunto será que existe professoras assim? Que não deixam seus alunos mostrarem o seu potencial criativo, ou será que confundem com preguiça? Talvez cansada de ver o aluno dizer que não sabe fazer nada mostra um trabalho para que ele faça apenas uma reprodução. Sem saber que assim está cortando a sua autonomia de criar.

Quando era pequena lembro-me que a professora colocava no mural só os melhores trabalhos, os melhores textos. Só não consigo lembrar-me se os meus trabalhos eram expostos ou não.

Quando iniciei no magistério também fazia isto, escolhia os melhores e colocava no mural. Mas com o tempo fui me dando conta que não deveria ser assim. Hoje peço que todos caprichem, pois os trabalhos serão expostos. Todos gostam de ver o seu trabalho exposto.

Quando deixamos de expor um trabalho de um aluno, podemos deixar marcas com esta atitude, pode ser que este aluno nunca mais queira desenhar ou escrever, achando que o seu trabalho não é bom.

Devemos realmente pensar e nos preocupar que marcas estamos deixando em nossos alunos, talvez sem querer. Boas ou ruins!

Se as marcas forem ruins, podemos ter bloqueado algumas mentes brilhantes, bloqueado a criatividade de um grande artista, e para resgatar a auto estima de alguém muitas vezes não é muito fácil, se a pessoa já tem propensão para depressão fica quase impossível.

terça-feira, 9 de junho de 2009


AUTISMO

Depois de ler o texto de Cleonice Bosa, sobre autismo, doença que pouco conhecia.
Sempre soube que autista era aquele que ficava parado e quase nada fazia, no texto diz que isso é o que a mídia encarregou-se de propagar. No texto diz que há diferentes autistas. Há os que são considerados inteligentes, outros não, atraso na fala, insistência obsessiva e m uma rotina.etc.
Nunca vi um autista, mas depois dos relatos do texto e alguns relatos que li em sites, acho que muito complicado ter um autista em sala. Como atendê-lo adequadamente se ele não corresponde, muitas vezes fica parado, não saberemos se ele entendeu. Acredito que também para pais de autista é muito difícil, sendo que ele não nasce autista.
Lendo alguns site encontrei algumas informações sobre a doença de autismo:

quarta-feira, 3 de junho de 2009



PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

Ocorreu em Sapiranga nos dias 27 e 28 de maio a:

74ª Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiências e Pessoas com Altas Habilidades no RS

Tive a oportunidade de participar de fórum, o qual não nos trouxe respostas para nossos alunos de inclusão que temos em salas de aula. Este Fórum nos mostrou que há muitas leis, favorecendo as pessoas com necessidades especiais, o que está faltando é o cumprimento das mesmas. Muitos prazos para adequações de prédios, escolas, comércio, já expirou. Por isso há muito deficiente com muitas dificuldades de locomoção, de liberdade de ir e vir. Se todos os municípios acrescentassem em sua Lei Orgânica, leis específicas para portadores de necessidades especiais, muitos problemas iriam minimizar.

Fórum acontece para uma reflexão sobre os direitos dos cidadãos. Neste foi relatado que muitas pessoas estão esquecendo os direitos dos outros, principalmente os NEs. Cada pessoa que participou deste fórum deve repensar em suas atitudes e tentar fazer algo para melhorar, tratar todos com igualdade sem preconceitos, apesar de vivermos em uma sociedade com muito racismo, preconceito contra o índio, negro, mulher, crianças.

Deve haver acessibilidade para todos, onde alguns não tem acesso há a discriminação.

Em nossas escolas devemos ter salas multifuncionais, para podermos dar um bom atendimento a todas as crianças, com deficiência de aprendizagens que recebemos. Enquanto não houver, salas de recursos e pessoas especializadas em todas as escolas, a inclusão é pura ilusão.


CONCEPÇÕES DE ÍNDIOS

Lendo o texto (Os Índios no Brasil, Quem são e quantos são), sugerido pela disciplina de Questões Étnicas Raciais na Educação, há muita coisa que já sabíamos, que quando Pedro Álvares aqui chegou havia milhares de índios e hoje há apenas um pouco mais de 700.000 em todo o Brasil. Como ser índio era pejorativo, era uma ofensa chamar alguém de índio,antes de 1970, muitos nativos, por preconceito de brancos, não assumiam a sua identidade. Tentavam negar suas origens, diziam-se CABLOCOS.
Cabloco foi uma invenção daqueles que não queriam se identificar como índios, mas também não poderiam ser brancos ou negros, era como se fosse uma identidade de transição de índio.
Esta definição de cabloco é uma novidade para mim. Já ouvi muitas pessoas chamando outros de caboclo, mas não imaginei que fosse um descendente de índio.

quarta-feira, 27 de maio de 2009


AUSCHWITZ

Auschwitz-Birkenau é o nome de um grupo de campos de concentração localizado no sul da Polônia, símbolos do Holocausto perpetrado pelo nazismo. A partir de 1940 o governo alemão comandado por Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área, então na Polônia ocupada. O objetivo principal do campo não era o de manter prisioneiros como força de trabalho (caso de Auschwitz I e III) mas sim de exterminá-los. Para cumprir esse objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios e câmara de gás.Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio em grande escala começou na primavera de 1942.

Devemos ajudar nossos alunos para que cresçam com amor, respeito, dignidade, sem preconceitos e sem arrogâncias. Para que não se tornem pessoas insanas, capazes de cometer barbaridades como esta em Auschwitz, achando que há grupo de pessoas mais importantes e alguns sem importância.

Nossa tarefa é árdua, pois já existe nos pequenos um pouco de preconceito, contra negros, índios, deficientes. Foi possível notar este preconceito durante o trabalho sobre etnias, onde alunos negros ficaram com vergonha de dizer que os familiares eram negros e alunos com característica indígena não disseram que tinham índios na família. Nossa missão é lutar para que este preconceito desapareça e possamos ter adultos melhores, que não façam distinção entre as raças.

Acredito que se todos baterem na mesma tecla, conseguiremos bons resultados.

Se começarmos pelas crianças um tratamento de amor, na família, na escola, em todo o lugar, consequentemente eles aprenderão a amar o próximo e nunca permitirão que isto aconteça novamente. Não darão margem para nenhuma discriminação. Mas sabemos, a partir de nossa prática docente que este caminho é árduo, temos que competir com muitos ensinamentos “tortos”, pais que acreditam que deixando seu filho livre, este conhecerá o mundo, deixando seu filho brigar com colegas por pouca coisa, mostrará que é um homem, com traficantes que mostram a facilidade de ganhar dinheiro, as drogas que incutem uma vida sem problemas e muitas alegrias falsas.

Através de uma educação com valores morais, onde possam vivenciar exemplos de amizade, bem querer, atitudes de respeito, com certeza conseguiremos melhorar o mundo em que vivemos e algo como Auschwitz nunca mais.

terça-feira, 26 de maio de 2009

INCLUSÃO

Olhando os vídeos de necessidades Especiais deu para perceber que há maneiras diferentes de trabalhar com alunos especiais. A constituição desde 1988 coloca que toda criança que tiver 6 anos tem direito de frequentar a escola, e esta não pode recusar a vaga. Fico me perguntando como aceitar um aluno deficiente visual, se na escola não temos nada. No vídeo mostra que devemos ter professores de libras, interpretes, computadores adequados e outros materiais. As escolas não tem. Pelo menos na que trabalho não possui nada disso. Qualquer aluno deficiente que vier pedir vaga,será bastante complicado recebê-lo. Quando um aluno com deficiência aparecer para matricular-se na escola, esta escola não possui condições de recebê-lo, mas deve recebê-lo, quem irá ajudar esta escola para que esta fique adequada a este aluno? Quanto tempo este aluno ficará esperando para receber tratamento adequado? Com salas especiais, material diferenciado, professores especializados, que consigam atendê-lo, turmas com menor número de alunos. Depois de olhar os vídeos, fiquei mais preocupada, pois não temos condições de receber alunos com necessidades especiais físicas. Há falta de espaço físico adequado e nosso, pois agimos mais por intuição e amor do que preparação profissional para trabalhar com estas crianças.A inclusão é importante, porém precisamos estar amparadas para que exista qualidade para esta inclusão.
Deveríamos ter alguém especializado na escola para facilitar o trabalho com estas crianças, e para ajudar a professora, com salas de recursos, tirando o aluno um tempo da sala, para que possa realizar outras atividades, porque aluno de inclusão não consegue ficar bem em sala de aula as quatro horas, mas como na maioria das escolas não há nada para propor a eles, eles ficam na turma o tempo todo, a professora deve encontrar maneiras de ajudá-lo, sem prejudicar os outros 26 ou 27 colegas, que as vezes não entende a situação do aluno de inclusão e querem fazer o mesmo que ele, trazendo assim um “pequeno” problema, para a professora resolver. A inclusão mal planejada, irresponsável pode trazer danos psicológicos e momentos de estres para os profissionais da educação e também para o aluno de inclusão e seus colegas.
Ao chegar em nossa turma um aluno de inclusão deveríamos exigir condições de ensino à instituição. Isto não é se negar a aceitar esta criança é sim se preocupar com ela e com os demais na turma, não podemos permitir que alunos com NEEs entrem em nossas salas somente para convivência em grupo, alem da socialização há a questão da aprendizagem, deve haver algum recurso para que esta criança possa interagir e participar das aulas propostas , claro que dentro de suas possibilidades, sem perturbar e trazer indisciplina aos demais, cada caso é um caso, se a participação não puder ser igual aos demais , mas respeitando suas limitações poder mostrar algum progresso para que possamos fazer uma avaliação positiva do nosso trabalho e para que posamos avalia-la coerentemente, sem sentirmos desgosto, desmotivação pelo nosso trabalho., cuidando da nossa saúde, pois com alunos de inclusão em sala de aula, sem o apoio necessário podemos ficar estressadas, e estressadas podemos botar tudo a perder, toda uma construção de anos.
Inclusão deve ser algo repensado.

quarta-feira, 20 de maio de 2009


FILME: O CLUBE DO IMPERADOR

Assisti o filme: O Clube do Imperador, da disciplina de Filosofia da Educação. Ele conta a história de um professor de um internato só de meninos, filhos de famílias de classe alta. É um professor de História, apaixonado pela sua disciplina e quer que todos os seus alunos saibam sobre história e tenham um bom caráter. Sua turma tinha alunos muito bons e estudiosos, até que apareceu um filho de um político influente, um menino rebelde, sem limites, sem educação para com os outros, só pensando em infringir as regras, sem dar importância as aulas e desafiando o professor.Mas com o tempo este aluno melhorou. Era comum naquela escola ter todo final de ano um concurso, onde só os três melhores iriam participar. No momento de dar a nota este aluno “rebelde” ficou em 4º lugar. O professor pensou, pensou... e acreditando naquele aluno, resolveu mudar a sua nota, como um incentivo, pois ele estava melhorando. Mas o aluno não deu o devido valor ao esforço do professor e o decepcionou, colando no concurso. Vinte e cinco anos depois este aluno quis fazer novamente o concurso. Chamou todos os ex-colegas e o professor. Que foi acreditando novamente no aluno. Mas, este de novo o decepcionou. O professor ficou triste achando que havia fracassado como educador. No final ele percebeu que só com aquele aluno ele havia fracassado, porque aquele já tinha um histórico familiar de corrupção e em tudo levar vantagem.

Trabalho em uma escola de periferia em que algumas vezes há necessidade de ajudar os alunos um pouquinho em sua nota, observando o seu esforço, a sua ajuda familiar, a sua educação com os colegas a sua vontade de ir adiante. Alguns nos deixam feliz, pois continuam se esforçando. Outros por terem passado de ano sem grandes esforços, nos decepcionam. A atitude deste professor, foi sofrida, assim como a nossa atitude em um final de ano onde temos o compromisso de passar ou reprovar um aluno,também é muito sofrida, observamos muita coisa além da nota que ele tirou em trabalho e avaliações individuais. Mas, muitas vezes eu me pergunto até que ponto isto é certo? O aluno não está bem na leitura , na escrita, mas sabe muito bem a matemática, damos uma chance a ele. Quando chega lá pela 6ª série, este aluno não sabe escrever palavras comuns, tem muitos erros de português, não sabe produzir um texto, porque é um aluno que não lê, mas continua bom em matemática e em outras matérias onde precisa ler e pensar ele também não vai bem.

Nós como professores devemos acreditar em nossos alunos, mas quando acontece algo errado devemos repreendê-lo, mostrando o caminho certo. Muitas vezes deparamos com atitudes das famílias, que não tem como certo o mesmo caminho que ensinamos. Mas mesmo assim, devemos acreditar que se lançarmos uma sementinha do bem em muitos corações ela germinará. E mesmo que como este professor do filme, teve uma decepção, nós com certeza teremos, mas a semente lançada ajudará a muitos alunos levando-os para um bom caminho.


terça-feira, 19 de maio de 2009


ESTUDO DE CASO
Na disciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, foi pedido que fizéssemos um estudo de caso de algum aluno da nossa escola ou não. Conversei com algumas professoras e resolvi pesquisar um pouco sobre uma aluna que está há vários anos conosco. Descobri que ela tem muitos problemas, além de aprendizagem ela atrapalha muito as aulas. Algumas professoras me deram relatos de observações do comportamento da aluna, vou compartilhar aqui um relato que achei mais um desabafo de uma professora de educação física deste ano: "A aluna não apresenta dificuldades significativas na realização de atividades motoras, especialmente quando essas são individuais. Pode-se até ressaltar que houve progresso do ano passado para este. Porém quando é sugerido realizar atividades em duplas ou em pequenos grupos, mostra-se agressiva, autoritártia impaciente e desrespeitosa na linguagem verbal. Quando é contrariada e sua atenção é chamada, grita e dá altas gargalhadas, profere palavrões e se for com um colega o agride. Suas alterações de humor são constantes, e muitas vezes levam ao estresse de toda a turma e professora. Seus colegas , na maioria das vezes mostram-se afetivos e com paciência, mas pouco faz efeito.Sua necessidade de chamar a atenção verifica-se no ínicio da aula, na "roda de conversa", onde ela conta fatos fantasiosos e outros de seu dia a dia familiar (principalmente sobre a falta de remédio que ela toma o dinheiro dela que a família usa, etc.) .Tudo isso de uma forma anciosa e impaciente, com alteração da voz e expressão facial. Se for interrompida fica furiosa, nervosa e grita para que a ouçam, e não dá tempo para outro colega falar. Tem aulas que está mais calma, e até participa de todas as atividades, mas sua agressividades está sempre "à flor da pele". Percebe-se também que ela sabe que seu comportamento causa irritação nos colegas e os desconcentra em suas atividades, atrapalhando-os e, isso parece dar-lhe prazer. Já dediquei-lhe paciência, carinho e muita atenção. além de muita, muita conversa.Procuro ouví-la sempre que necessário, e em certas situações a ignoro para não provocar-lhe ainda mais. Às vezes tudo isso dá certo (por tempo limitado) e em outras situações nada parece lhe tocar." Fico me perguntando se é certo ter uma aluna destas em sala de aula, sendo que há mais 27 ou 28 alunos, ditos "normais", com muitos problemas de aprendizagem, precisando de um atendimento individualizado, a qual a professora muitas vezes não sabe por onde começar. Esta aluna, segundo relatos de professores consegue ter pouco tempo de concentração, depois fica bem difícil estar com ela em sala. E daí o que fazer? Os professores do NAE suspeitam de esquizofrenia. Até que ponto estamos realmente ajudando na inclusão? Até que ponto atrapalhamos os alunos "ditos normais" com a presença de um aluno assim em sala de aula? (Mais informações deste caso no meu Pbwiki)

Mostrando conhecimentos

Neste ano no município de Sapiranga foi colocado em cada escola uma professora para dar aos alunos aula de filosofia, também ofereceram um curso para capacitar os professores de filosofia e de currículo. Era um curso de 20 horas, sendo 16 presenciais e 4 a distância.Nas horas a distãncia deveríamos, por escola, apresentar um projeto de filosofia, que já estivesse em andamento ou que iríamos fazer. Na minha escola éramos cinco professoras, sendo três do nosso PEAD. Então resolvemos trabalhar as diferenças, assim pudemos aproveitar o Mosaico de Etnias, o qual mostra muito bem o trabalho com os alunos sobre as diferenças, e que eles puderam se observar e relatar as suas diferenças. Como no curso havia mais colegas do PEAD, houve outras apresentações com o Mosaico, então explicamos que era uma atividade de uma de nossas disciplinas do PEAD da UFGRS que havia dado bons resultados em sala de aula.