quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ALFABETIZAÇÃO

Lendo o texto:”Nada é mais gratificante do que alfabetizar (Entrevista com Magda Soares)” Destaco esta pergunta que gostaria de comentar:

“Em cursos para professores nas universidades, os alfabetizadores chegam com a expectativa de encontrar uma "receita"...
Eu acho que os professores têm razão quando querem saber "o que fazer". A nossa posição, na academia, é relativamente confortável, porque desenvolvemos pesquisas e discutimos teorias... Mas o alfabetizador se vê na sala de aula com 30, 40 crianças em sua frente, e tem de fazer com que essas crianças aprendam a ler e a escrever. A etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino. Porque, quando se é professor de Português, depois que a criança já aprendeu a ler e a escrever, os resultados perseguidos e mesmo os obtidos são mais imprecisos: há alunos que interpretam melhor, outros têm mais difi¬culdade... Com Geografia, com História, é também assim: uns aprendem mais, outros menos... Já com a alfabetização é diferente, porque, ao final do ano, é preto no branco: a criança está ou não está alfabetizada. Por isso, entre os professores, a alfabetizadora é a mais claramente avaliada: ou alfabetizou ou não alfabetizou. Ela enfrenta a pergunta: "Quantos alfabetizados você já tem na sua sala?" Implicitamente: quantos alunos você já alfabetizou? Ela mesma diz frases como: "Estou chegando ao fim do ano com as crianças quase todas alfabetizadas". Uma fala que jamais se ouve de professor de qualquer outra disciplina.”

Como diz a entrevistada Magda :”A etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino” Concordo com ela, quem nunca teve uma a turma de alfabetização não sabe da batalha que as professoras passam para que um aluno, principalmente de escola de periferia consiga alfabetizar-se em um ano e, ainda com turmas grandes, com alunos de inclusão por aprendizagem, com alunos imaturos, com pais sem noção do tipo de filho que tem, com crianças agressivas, porque só tem agressividade em sua casa. São vários problemas enfrentados em uma sala de aula e no final do ano realmente enfrentam a pergunta: : "Quantos alfabetizados você já tem na sua sala?" Implicitamente: quantos alunos você já alfabetizou?
Eu já passei vários anos alfabetizando. O final do ano é o período mais difícil para o professor alfabetizador, enquanto muitos professores estão felizes porque o ano está acabando, o professor alfabetizador está angustiado, porque alguns estão quase conseguindo, se tivesse mais dois meses de aula... e daí aprovar ou não aprovar este aluno que falta só um pouquinho? Ás vezes era aprovado, mas no ano seguinte vinha o arrependimento. – Ele deveria ter ficado mais um ano na alfabetização. Ou a alegria: - Ainda bem que aprovei, ele está indo tão bem! Mas também é a série onde se vê melhor os resultados do teu trabalho é muito gratificante saber que você ajudou muitos alunos a ler e a escrever, alguns ao final do ano escrevem cartinhas agradecendo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


TEMAS GERADORES

Com os temas geradores, proposta de Paulo Freire, trouxe mais praticidade, significado e coerências as aulas de alfabetização, tanto para crianças como para adultos.

O professor irá com os temas geradores trabalhar de uma maneira mais concreta. Dialogando com seus alunos. Fazendo-os participar dizendo tudo o que sabem sobre o tema trabalhado, passando a sua sabedoria aos outros, inclusive ao professor. Tendo mais prazer em aprender, sabendo que o que está aprendendo é parte de seu conhecimento, não ficará alheio a conversas do professor e seus colegas. Assim os alunos se tornarão mais críticos e conscientes, sujeito de sua história e aprendizado, com competência e coerência.

Com os temas geradores não é o professor que ensina, mas sim junto com seus alunos irão construir o que aprender, a missão do professor é facilitar o conhecimento, mostrando o caminho e conteúdos necessários e interessantes, para junto com a turma construírem o aprendizado.