quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

Crianças pequenas costumas misturar nas histórias que contam fatos reais com imaginários, como deu para perceber na leitura do texto; (Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.), isto é comum e faz parte do desenvolvimento cognitivo de cada criança, não é falta de clareza do que é real ou imaginário, é uma construção do processo narrativo. Por isso é muito importante que se leia muito para as crianças, desde pequenos, todos os tipos de histórias, ficção ou relatos de experiências, contos de fada, para que ela possa ter em seu repertório imagens, ações, lugares, vários tipos de histórias que possa utilizar mais tarde nas escritas de redações, nestes momentos ela poderá lembrar de todo o repertório acumulado desde os primeiros meses de vida.

“A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.”( Tem um monstro no meio da história( Gurgel, 2009).In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.)

É saudável a criança misturar o real com o imaginário e o adulto não deve questionar se é verdade ou invenção e sim embarcar na sua história perguntando os detalhes e não tirar conclusões precipitadas sobre os contos das crianças.

Algum tempo atrás trabalhei com alunos da pré escola e lembro-me de ter um aluno que sempre contava histórias, misturando o real com o imaginário, ele sempre transportava as histórias para a sua família, ou sempre tinha acontecido algo com ele. Agora entendo que o que ele estava usando era o sincretismo, até comentei com os pais dele sobre o fato de ele sempre contar histórias imaginárias, os pais não souberam dizer nada e como eu também não entendia nada achei que o menino tinha algum problema de inveja dos colegas.

Bibliografia:

Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.)

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Silvia, nessa postagem, além de trazeres elementos da tua leitura relatas também a tua experiência com a narração. Abração!!