terça-feira, 9 de setembro de 2008

As oito fases de Erik Erikson


Em 15 de junho de 1902 nascia na cidade de Frankfurt, na Alemanha, Erik Homburger Erikson.E faleceu aos 92 anos nos Estados Unidos. Ele foi o responsável pela Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. De acordo com sua teoria, o desenvolvimento se dá por fases - não é fruto do acaso - relacionado ao meio que rodeia o indivíduo, e sua interação com o mesmo.
1- Confiança x Desconfiança (até um ano de idade)
O primeiro estágio ocorre a partir do nascimento e se estende ao longo do primeiro ano de vida da criança. A criança está completamente ligada à mãe, estabelecendo com ela sentimento de confiança e desconfiança. Da mãe a criança espera a satisfação de suas necessidaddes. Quando a mãe falta a criança esperimenta o sentimento de esperança, ela começa a esperar que a mãe volte, se isso acontece com freqüência há o desfecho positivo, a confiança é desenvolvida. Do contrário se a mãe não retorna ou demora muito. É o desfecho negativo, o que se desenvolve é a desconfiança.

2- Autonomia X Vergonha e Dúvida ( segundo e terceiro ano)
O segundo estágio trás para a criança as normas de uma sociedade, e ela começa a perceber que algumas atitudes são aprovadas e outras sensuradas. É neste momento que os pais surgem para ajudar a limitar essa exploração. Os pais fazem uso da vergonha e do encorajamento para dar nível certo de autonomia à criança enquanto aprendem as regras sociais. Neste estágio, o principal cuidado que os pais tem que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se exigir demais ela verá que não consegue dar conta, e sua auto-estima vai baixar. Se é pouco exigida ela tem a sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades.

3- Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano)
No terceiro estágio espera-se da criança uma interiorização do que é pertimito e negado a ela fazer. A criança tem a possibilidade de desenvolver mais iniciativa e experimentar menos culpa por seus impulsos. É neste período que as crianças ampliam seus contatos, fazem mais amigos, aprendem a ler e a escrever, fruto da energia proviniente da iniciativa. Os pais devem dar tarefas ao filho condizentes ao seu nível motor e intelectual. Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais. Se a sua curiosidade "sexual" e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.
4- Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)
Neste estágio no qual o corre junto à entrada na escola, mas antes da adolescência, a criança percebe que pode, ao interagir com o meio, produzir algo. Obviamente, sentir-se-á capaz com mais probabilidade do que nos estágios anteriores. Nos estágios anteriores experimentou confiança (em relação à mãe), autonomia (em seu meio) e iniciativa ( no momento de decidir). É cahmado de estágio da indústria ( por ser capaz de produzir algo) e da inferioridade. Sentimentos de inferioridade poderão bloquear a criatividade desta criança, bloqueando sua capacidade de indústria. Surge o interessse pelas profissões e a criança começa a imitar papéis numa perspectiva imatura, mas em evolução de futuro. Por isso, pais e professores devem estimular a representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, além de facilitar suas relações sociais.
5- Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)
É o estágio que marca a adolescência. Um estágio de formação e confusão de sua identidade. A confusão de identidade pode ocorrer quando as próprias expectativas, as de seus pais e de seus pares entram em conflito. O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com que ele assuma posições variadas em intervalos de tempo muito curtos. este estágio pode fazer o ego regredir como forma de fuga ao enfrentamento desta crise. Lealdade e fidelidade consigo mesmo são características do desfecho positivo desta etapa. estes sentimentos sinalizam a estabilização de seus propósitos e para o senso de identidade contínua.
6- Intimidade X Isolamento ( jovem adulto)
O sexto estágio ocorre, de forma aproximada, entre os 20 e os 30 anos. Nesse estágio o interesse além de profissional, também é em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho dessa crise está sendo negativo.

7- Produtividade X Estagnação (meia idade)
O sétimo estágio caracteriza-se em um indivíduo quando ele passa a desejar orientar as pessoas a seu redor e a preocupar-se com o meio, além de seus semelhantes. É o estágio da afirmação pessoal, sendo o contrário a estagnação.Quando a pessoa olha para a sua vida e vê tudo o que produziu, sente a necessidade de ensinar tudo o que sabe e tudo o que viveu e aprendeu, com outras pessoas. Se existe a oportunidade deste compartilhamento, o indivíduo sente que deixou algo de si nos outros e o desfecho é positivo. Por outro lado, o não compartilhamento de suas "gerações" com os outros gera estagnação, o que pode ser considerado um desfecho negativo.

8- Integridade X Desesperança (velhice)
O oitavo estágio surpreende o indivíduo pensando acerca de seu passado, sentindo-se "em paz" com o que pode fazer, íntegro em seu momento presente. Da mesma forma, este estágio também desperta em indivíduos sentimentos de fracasso, como se a vida não valesse o esforço.É a culminância. E dá duas possibilidades 1- desfecho positivo - o indivíduo procura estruturar o seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida; ou 2- desfecho negativo - estagnar diante do terrível fim, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.

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