Em 15 de junho de 1902 nascia na cidade de Frankfurt, na Alemanha, Erik Homburger Erikson.E faleceu aos 92 anos nos Estados Unidos. Ele foi o responsável pela Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. De acordo com sua teoria, o desenvolvimento se dá por fases - não é fruto do acaso - relacionado ao meio que rodeia o indivíduo, e sua interação com o mesmo.
1- Confiança x Desconfiança (até um ano de idade)
O primeiro estágio ocorre a partir do nascimento e se estende ao longo do primeiro ano de vida da criança. A criança está completamente ligada à mãe, estabelecendo com ela sentimento de confiança e desconfiança. Da mãe a criança espera a satisfação de suas necessidaddes. Quando a mãe falta a criança esperimenta o sentimento de esperança, ela começa a esperar que a mãe volte, se isso acontece com freqüência há o desfecho positivo, a confiança é desenvolvida. Do contrário se a mãe não retorna ou demora muito. É o desfecho negativo, o que se desenvolve é a desconfiança.
2- Autonomia X Vergonha e Dúvida ( segundo e terceiro ano)
O segundo estágio trás para a criança as normas de uma sociedade, e ela começa a perceber que algumas atitudes são aprovadas e outras sensuradas. É neste momento que os pais surgem para ajudar a limitar essa exploração. Os pais fazem uso da vergonha e do encorajamento para dar nível certo de autonomia à criança enquanto aprendem as regras sociais. Neste estágio, o principal cuidado que os pais tem que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se exigir demais ela verá que não consegue dar conta, e sua auto-estima vai baixar. Se é pouco exigida ela tem a sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades.
3- Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano)
No terceiro estágio espera-se da criança uma interiorização do que é pertimito e negado a ela fazer. A criança tem a possibilidade de desenvolver mais iniciativa e experimentar menos culpa por seus impulsos. É neste período que as crianças ampliam seus contatos, fazem mais amigos, aprendem a ler e a escrever, fruto da energia proviniente da iniciativa. Os pais devem dar tarefas ao filho condizentes ao seu nível motor e intelectual. Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais. Se a sua curiosidade "sexual" e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.
4- Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)
Neste estágio no qual o corre junto à entrada na escola, mas antes da adolescência, a criança percebe que pode, ao interagir com o meio, produzir algo. Obviamente, sentir-se-á capaz com mais probabilidade do que nos estágios anteriores. Nos estágios anteriores experimentou confiança (em relação à mãe), autonomia (em seu meio) e iniciativa ( no momento de decidir). É cahmado de estágio da indústria ( por ser capaz de produzir algo) e da inferioridade. Sentimentos de inferioridade poderão bloquear a criatividade desta criança, bloqueando sua capacidade de indústria. Surge o interessse pelas profissões e a criança começa a imitar papéis numa perspectiva imatura, mas em evolução de futuro. Por isso, pais e professores devem estimular a representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, além de facilitar suas relações sociais.
5- Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)
É o estágio que marca a adolescência. Um estágio de formação e confusão de sua identidade. A confusão de identidade pode ocorrer quando as próprias expectativas, as de seus pais e de seus pares entram em conflito. O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com que ele assuma posições variadas em intervalos de tempo muito curtos. este estágio pode fazer o ego regredir como forma de fuga ao enfrentamento desta crise. Lealdade e fidelidade consigo mesmo são características do desfecho positivo desta etapa. estes sentimentos sinalizam a estabilização de seus propósitos e para o senso de identidade contínua.
6- Intimidade X Isolamento ( jovem adulto)
O sexto estágio ocorre, de forma aproximada, entre os 20 e os 30 anos. Nesse estágio o interesse além de profissional, também é em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho dessa crise está sendo negativo.
7- Produtividade X Estagnação (meia idade)
O sétimo estágio caracteriza-se em um indivíduo quando ele passa a desejar orientar as pessoas a seu redor e a preocupar-se com o meio, além de seus semelhantes. É o estágio da afirmação pessoal, sendo o contrário a estagnação.Quando a pessoa olha para a sua vida e vê tudo o que produziu, sente a necessidade de ensinar tudo o que sabe e tudo o que viveu e aprendeu, com outras pessoas. Se existe a oportunidade deste compartilhamento, o indivíduo sente que deixou algo de si nos outros e o desfecho é positivo. Por outro lado, o não compartilhamento de suas "gerações" com os outros gera estagnação, o que pode ser considerado um desfecho negativo.
8- Integridade X Desesperança (velhice)
O oitavo estágio surpreende o indivíduo pensando acerca de seu passado, sentindo-se "em paz" com o que pode fazer, íntegro em seu momento presente. Da mesma forma, este estágio também desperta em indivíduos sentimentos de fracasso, como se a vida não valesse o esforço.É a culminância. E dá duas possibilidades 1- desfecho positivo - o indivíduo procura estruturar o seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida; ou 2- desfecho negativo - estagnar diante do terrível fim, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.