quinta-feira, 3 de julho de 2008

LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA



Este Livro de Paulo Freire traz várias falas que nos fazem pensar sobre a nossa docência. Sobre o nosso dia-a-dia como professora. As idéias são provocativa, corajosas e esperançosas, instiga o conflito e o debate entre educadores. É um exercício permanente de reflexão sobre nossa prática, nosso envolvimento com nossos alunos, nosso respeito à autonomia do educando, a necessária coerência entre o “saber-fazer e o saber-pedagógico. Paulo Freire adverte-nos para a necessidade de assumirmos uma postura vigilante contra todas as práticas de desumanização. Nos coloca que o professor pode e deve ter a sua prática movida por alegrias, sem abrir mão do sonho, do rigor, da seriedade e da simplicidade inerente ao saber da competência. Saber fazer a leitura do mundo de nossos alunos, estar perto deles, ajudando em seus problemas, sem desrespeitá-los, sem pré-conceito, nunca esquecendo a competência.
Deixo aqui algumas frases de Paulo Freire:

*”...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (pág.25)
*”Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor” (pág.47).
*”Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele.Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado.”.(pág.59).
*”É o meu bom senso que me adverte de que exercer a minha autoridade de professor na classe, tomando decisões, orientando atividades, estabelecendo tarefas, cobrando a produção individual e coletiva do grupo não é sinal de autoritarismo de minha parte. É a minha autoridade cumprindo o seu dever.”. (pág. 68).
*”Estou convencido, porém, de que a rigorosidade, a séria disciplina intelectual, o exercício da curiosidade epistemológica não me fazem necessariamente um ser mal-amado, arrogante, cheio de mim mesmo. Ou, em outras palavras, não é a minha arrogância intelectual a que fala de minha rigorosidade científica. Nem a arrogância é sinal de competência nem a competência é causa de arrogância. Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes, mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente.” Pág. 165).
*"A responsabilidade do professor, de que às vezes não nos damos conta , é sempre grande."pág 73.
*"O professor autoritário, o professor silencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum desses passa pelos alunos sem deixar sua marca." pág.73
*"...ensinar não é transferir a intelig~encia do objeto ao educando, mas instigá-lo no sentido de que, como sujeito cognoscente, se torne capaz de inteligir e comunicar o inteligido."pág. 135

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