quarta-feira, 27 de maio de 2009


AUSCHWITZ

Auschwitz-Birkenau é o nome de um grupo de campos de concentração localizado no sul da Polônia, símbolos do Holocausto perpetrado pelo nazismo. A partir de 1940 o governo alemão comandado por Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área, então na Polônia ocupada. O objetivo principal do campo não era o de manter prisioneiros como força de trabalho (caso de Auschwitz I e III) mas sim de exterminá-los. Para cumprir esse objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios e câmara de gás.Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio em grande escala começou na primavera de 1942.

Devemos ajudar nossos alunos para que cresçam com amor, respeito, dignidade, sem preconceitos e sem arrogâncias. Para que não se tornem pessoas insanas, capazes de cometer barbaridades como esta em Auschwitz, achando que há grupo de pessoas mais importantes e alguns sem importância.

Nossa tarefa é árdua, pois já existe nos pequenos um pouco de preconceito, contra negros, índios, deficientes. Foi possível notar este preconceito durante o trabalho sobre etnias, onde alunos negros ficaram com vergonha de dizer que os familiares eram negros e alunos com característica indígena não disseram que tinham índios na família. Nossa missão é lutar para que este preconceito desapareça e possamos ter adultos melhores, que não façam distinção entre as raças.

Acredito que se todos baterem na mesma tecla, conseguiremos bons resultados.

Se começarmos pelas crianças um tratamento de amor, na família, na escola, em todo o lugar, consequentemente eles aprenderão a amar o próximo e nunca permitirão que isto aconteça novamente. Não darão margem para nenhuma discriminação. Mas sabemos, a partir de nossa prática docente que este caminho é árduo, temos que competir com muitos ensinamentos “tortos”, pais que acreditam que deixando seu filho livre, este conhecerá o mundo, deixando seu filho brigar com colegas por pouca coisa, mostrará que é um homem, com traficantes que mostram a facilidade de ganhar dinheiro, as drogas que incutem uma vida sem problemas e muitas alegrias falsas.

Através de uma educação com valores morais, onde possam vivenciar exemplos de amizade, bem querer, atitudes de respeito, com certeza conseguiremos melhorar o mundo em que vivemos e algo como Auschwitz nunca mais.

terça-feira, 26 de maio de 2009

INCLUSÃO

Olhando os vídeos de necessidades Especiais deu para perceber que há maneiras diferentes de trabalhar com alunos especiais. A constituição desde 1988 coloca que toda criança que tiver 6 anos tem direito de frequentar a escola, e esta não pode recusar a vaga. Fico me perguntando como aceitar um aluno deficiente visual, se na escola não temos nada. No vídeo mostra que devemos ter professores de libras, interpretes, computadores adequados e outros materiais. As escolas não tem. Pelo menos na que trabalho não possui nada disso. Qualquer aluno deficiente que vier pedir vaga,será bastante complicado recebê-lo. Quando um aluno com deficiência aparecer para matricular-se na escola, esta escola não possui condições de recebê-lo, mas deve recebê-lo, quem irá ajudar esta escola para que esta fique adequada a este aluno? Quanto tempo este aluno ficará esperando para receber tratamento adequado? Com salas especiais, material diferenciado, professores especializados, que consigam atendê-lo, turmas com menor número de alunos. Depois de olhar os vídeos, fiquei mais preocupada, pois não temos condições de receber alunos com necessidades especiais físicas. Há falta de espaço físico adequado e nosso, pois agimos mais por intuição e amor do que preparação profissional para trabalhar com estas crianças.A inclusão é importante, porém precisamos estar amparadas para que exista qualidade para esta inclusão.
Deveríamos ter alguém especializado na escola para facilitar o trabalho com estas crianças, e para ajudar a professora, com salas de recursos, tirando o aluno um tempo da sala, para que possa realizar outras atividades, porque aluno de inclusão não consegue ficar bem em sala de aula as quatro horas, mas como na maioria das escolas não há nada para propor a eles, eles ficam na turma o tempo todo, a professora deve encontrar maneiras de ajudá-lo, sem prejudicar os outros 26 ou 27 colegas, que as vezes não entende a situação do aluno de inclusão e querem fazer o mesmo que ele, trazendo assim um “pequeno” problema, para a professora resolver. A inclusão mal planejada, irresponsável pode trazer danos psicológicos e momentos de estres para os profissionais da educação e também para o aluno de inclusão e seus colegas.
Ao chegar em nossa turma um aluno de inclusão deveríamos exigir condições de ensino à instituição. Isto não é se negar a aceitar esta criança é sim se preocupar com ela e com os demais na turma, não podemos permitir que alunos com NEEs entrem em nossas salas somente para convivência em grupo, alem da socialização há a questão da aprendizagem, deve haver algum recurso para que esta criança possa interagir e participar das aulas propostas , claro que dentro de suas possibilidades, sem perturbar e trazer indisciplina aos demais, cada caso é um caso, se a participação não puder ser igual aos demais , mas respeitando suas limitações poder mostrar algum progresso para que possamos fazer uma avaliação positiva do nosso trabalho e para que posamos avalia-la coerentemente, sem sentirmos desgosto, desmotivação pelo nosso trabalho., cuidando da nossa saúde, pois com alunos de inclusão em sala de aula, sem o apoio necessário podemos ficar estressadas, e estressadas podemos botar tudo a perder, toda uma construção de anos.
Inclusão deve ser algo repensado.

quarta-feira, 20 de maio de 2009


FILME: O CLUBE DO IMPERADOR

Assisti o filme: O Clube do Imperador, da disciplina de Filosofia da Educação. Ele conta a história de um professor de um internato só de meninos, filhos de famílias de classe alta. É um professor de História, apaixonado pela sua disciplina e quer que todos os seus alunos saibam sobre história e tenham um bom caráter. Sua turma tinha alunos muito bons e estudiosos, até que apareceu um filho de um político influente, um menino rebelde, sem limites, sem educação para com os outros, só pensando em infringir as regras, sem dar importância as aulas e desafiando o professor.Mas com o tempo este aluno melhorou. Era comum naquela escola ter todo final de ano um concurso, onde só os três melhores iriam participar. No momento de dar a nota este aluno “rebelde” ficou em 4º lugar. O professor pensou, pensou... e acreditando naquele aluno, resolveu mudar a sua nota, como um incentivo, pois ele estava melhorando. Mas o aluno não deu o devido valor ao esforço do professor e o decepcionou, colando no concurso. Vinte e cinco anos depois este aluno quis fazer novamente o concurso. Chamou todos os ex-colegas e o professor. Que foi acreditando novamente no aluno. Mas, este de novo o decepcionou. O professor ficou triste achando que havia fracassado como educador. No final ele percebeu que só com aquele aluno ele havia fracassado, porque aquele já tinha um histórico familiar de corrupção e em tudo levar vantagem.

Trabalho em uma escola de periferia em que algumas vezes há necessidade de ajudar os alunos um pouquinho em sua nota, observando o seu esforço, a sua ajuda familiar, a sua educação com os colegas a sua vontade de ir adiante. Alguns nos deixam feliz, pois continuam se esforçando. Outros por terem passado de ano sem grandes esforços, nos decepcionam. A atitude deste professor, foi sofrida, assim como a nossa atitude em um final de ano onde temos o compromisso de passar ou reprovar um aluno,também é muito sofrida, observamos muita coisa além da nota que ele tirou em trabalho e avaliações individuais. Mas, muitas vezes eu me pergunto até que ponto isto é certo? O aluno não está bem na leitura , na escrita, mas sabe muito bem a matemática, damos uma chance a ele. Quando chega lá pela 6ª série, este aluno não sabe escrever palavras comuns, tem muitos erros de português, não sabe produzir um texto, porque é um aluno que não lê, mas continua bom em matemática e em outras matérias onde precisa ler e pensar ele também não vai bem.

Nós como professores devemos acreditar em nossos alunos, mas quando acontece algo errado devemos repreendê-lo, mostrando o caminho certo. Muitas vezes deparamos com atitudes das famílias, que não tem como certo o mesmo caminho que ensinamos. Mas mesmo assim, devemos acreditar que se lançarmos uma sementinha do bem em muitos corações ela germinará. E mesmo que como este professor do filme, teve uma decepção, nós com certeza teremos, mas a semente lançada ajudará a muitos alunos levando-os para um bom caminho.


terça-feira, 19 de maio de 2009


ESTUDO DE CASO
Na disciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, foi pedido que fizéssemos um estudo de caso de algum aluno da nossa escola ou não. Conversei com algumas professoras e resolvi pesquisar um pouco sobre uma aluna que está há vários anos conosco. Descobri que ela tem muitos problemas, além de aprendizagem ela atrapalha muito as aulas. Algumas professoras me deram relatos de observações do comportamento da aluna, vou compartilhar aqui um relato que achei mais um desabafo de uma professora de educação física deste ano: "A aluna não apresenta dificuldades significativas na realização de atividades motoras, especialmente quando essas são individuais. Pode-se até ressaltar que houve progresso do ano passado para este. Porém quando é sugerido realizar atividades em duplas ou em pequenos grupos, mostra-se agressiva, autoritártia impaciente e desrespeitosa na linguagem verbal. Quando é contrariada e sua atenção é chamada, grita e dá altas gargalhadas, profere palavrões e se for com um colega o agride. Suas alterações de humor são constantes, e muitas vezes levam ao estresse de toda a turma e professora. Seus colegas , na maioria das vezes mostram-se afetivos e com paciência, mas pouco faz efeito.Sua necessidade de chamar a atenção verifica-se no ínicio da aula, na "roda de conversa", onde ela conta fatos fantasiosos e outros de seu dia a dia familiar (principalmente sobre a falta de remédio que ela toma o dinheiro dela que a família usa, etc.) .Tudo isso de uma forma anciosa e impaciente, com alteração da voz e expressão facial. Se for interrompida fica furiosa, nervosa e grita para que a ouçam, e não dá tempo para outro colega falar. Tem aulas que está mais calma, e até participa de todas as atividades, mas sua agressividades está sempre "à flor da pele". Percebe-se também que ela sabe que seu comportamento causa irritação nos colegas e os desconcentra em suas atividades, atrapalhando-os e, isso parece dar-lhe prazer. Já dediquei-lhe paciência, carinho e muita atenção. além de muita, muita conversa.Procuro ouví-la sempre que necessário, e em certas situações a ignoro para não provocar-lhe ainda mais. Às vezes tudo isso dá certo (por tempo limitado) e em outras situações nada parece lhe tocar." Fico me perguntando se é certo ter uma aluna destas em sala de aula, sendo que há mais 27 ou 28 alunos, ditos "normais", com muitos problemas de aprendizagem, precisando de um atendimento individualizado, a qual a professora muitas vezes não sabe por onde começar. Esta aluna, segundo relatos de professores consegue ter pouco tempo de concentração, depois fica bem difícil estar com ela em sala. E daí o que fazer? Os professores do NAE suspeitam de esquizofrenia. Até que ponto estamos realmente ajudando na inclusão? Até que ponto atrapalhamos os alunos "ditos normais" com a presença de um aluno assim em sala de aula? (Mais informações deste caso no meu Pbwiki)

Mostrando conhecimentos

Neste ano no município de Sapiranga foi colocado em cada escola uma professora para dar aos alunos aula de filosofia, também ofereceram um curso para capacitar os professores de filosofia e de currículo. Era um curso de 20 horas, sendo 16 presenciais e 4 a distância.Nas horas a distãncia deveríamos, por escola, apresentar um projeto de filosofia, que já estivesse em andamento ou que iríamos fazer. Na minha escola éramos cinco professoras, sendo três do nosso PEAD. Então resolvemos trabalhar as diferenças, assim pudemos aproveitar o Mosaico de Etnias, o qual mostra muito bem o trabalho com os alunos sobre as diferenças, e que eles puderam se observar e relatar as suas diferenças. Como no curso havia mais colegas do PEAD, houve outras apresentações com o Mosaico, então explicamos que era uma atividade de uma de nossas disciplinas do PEAD da UFGRS que havia dado bons resultados em sala de aula.

segunda-feira, 11 de maio de 2009


Método Clínico

Conforme orientação da professora Ana Petersen da Disciplina – Desenvolvimento da Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, aplicamos (Eu, Lucele e Elci – alunas do PEAD),com algumas alunas de nossa escola a prova da Conservação do Número: Correspondência termo a termo espontânea, Linhas – Espaçamento, Círculos – Espaçamento, Cifras aproximadas.

Começamos com uma aluna do 4º ano que conseguia fazer todas as atividades corretamente em sala de aula. Esta aluna não teve problemas de responder corretamente a todos os testes. Depois convidamos uma aluna do 3º ano, que em sala de aula tem dificuldades de motricidade fina e em casa não tem limites e muitas das atividades de casa a mãe faz para ela ou dita para ela escrever. Esta aluna também não apresentou grandes dificuldades para responder as questões propostas, só um pouco mais demorada que a aluna anterior. A terceira aluna, foi a qual postamos no webfólio, ela apresenta muitas dificuldades em sala de aula, nesta prova de Conservação de Número, também não conseguia dizer o porquê de estar diferente e ter a mesma quantia de peças. Ela quase não respondia, parecia não estar entendendo.

Quando constatamos que contava as duas colunas, chegava ao total de fichas em cada uma delas, mas não sabia responder se havia a mesma quantidade, percebemos que ela ainda não adquiriu um pensamento lógico, com capacidade para fazer operações mentais. Ela não percebia que as peças só estavam em uma posição diferente, mas não alterava a quantidade, o que permite concluir que ela criança ainda não possui um raciocínio lógico reversível.

Suspeitamos que talvez seja um caso de inibição cognitiva, como nos explica a Psicopedagogia. Neste caso há uma retração intelectual e um empobrecimento de idéias, ocorrendo, em grande parte àquelas crianças que não receberam estímulos quando ainda bebes ou nos primeiros anos de vida, pois bem sabemos que a criança, à medida que evolui vai-se ajustando à realidade circundante, e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confronta, mas se essa criança não recebe estímulos do meio, seu desenvolvimento cognitivo fica prejudicado ou aquém ao de uma criança estimulada desde o nascimento. A mudança dos estádios ocorre devido aos ajustamentos da criança ao meio e que se vão manifestando ao longo do seu desenvolvimento.

Segundo Jean Piaget, a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e com as pessoas, por isso acreditamos que a aluna ainda não ultrapassou totalmente o estádio pré-operatório, pois recebeu (ou recebe) poucos estímulos do meio.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Serviços Especializados de PNE de Sapiranga


Achei muito interessante a pesquisa sobre os Serviços Especializados que existem em Sapiranga de PNE, porque com ela entendi algumas siglas que costumamos ouvir na escola. Que um aluno deve ser atendido no NAE, no CAE. Não entendia a diferença dos dois. Após a pesquisa descobri que o NAE (Núcleo de Atendimento ao Educando) está inserido em uma escola municipal. Atende alunos do munícipio, tendo vários profissionais para auxíliá-los. O CAE (Centro de Atendimento Especializado), tem a mesma função do NAE. Está inserido na APAE e atende alunos do estado e do município, tendo lá uma clínica com vários profissionais para dar a devida assistência a estes alunos. Na APAE também tem uma escola Recanto da Esperança. A maioria dos alunos que estão nesta escola, não frequentam escolas regulares, por não se adaptarem ao sistema de ensino, muitas vezes são alunos agressivos. Eles frequentam a escola Recanto da Esperança, onde é trabalhado por ciclos do 1 ao 4. Mudam de ciclos quando tem um bom desempenho, não é por idade. Se até o 4º ciclo ele não tiver se alfabetizado ele passa para o EJA. Na APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos) há um atendimento de vários municípios vizinhos. Hoje a escola tem 80 alunos, desde o maternal até o ensino médio. Na alfabetização tem no máximo 6 alunos. Os professores fazem cursos adicionais de libras, anualmente. Eles tem aulas de libras até a 5ª série depois passa a ter aulas de inglês. A APADA utiliza as dependências da Escola Luterana São Mateus. O município de Sapiranga esta dando opções para um bom atendimento das PNE.