segunda-feira, 27 de abril de 2009
Construção do conhecimento
Equilibração é o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma situação ocorra de determinada maneira, e esta não acontece.
Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte. A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo este esquema, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de cachorro.Pois bem, quando apresentada, à esta criança, um outro animal que possua alguma semelhança, como um cavalo, ela a terá também como cachorro (marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.). Notadamente, ocorre, neste caso, um processo de assimilação, ou seja a similaridade entre o cavalo e o cachorro (apesar da diferença de tamanho) faz com que um cavalo passe por um cachorro em função da proximidades dos estímulos e da pouca variedade e qualidade dos esquemas acumulados pela criança até o momento. A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação. Ou seja, a criança, apontará para o cavalo e dirá "cachorro" . Neste momento, uma adulto intervém e corrige, "não, aquilo não é um cachorro, é um cavalo". Quando corrigida, definindo que se trata de um cavalo, e não mais de um cachorro, a criança, então, acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura cognitiva, criando assim um novo esquema. Esta criança tem agora, um esquema para o conceito de cachorro e outro para o conceito de cavalo. Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli, 1997a). Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as ações resultam em uma mudança na estrutura cognitiva. Ocorrida a acomodação, a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente, e uma vez modificada a estrutura cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado.
SITE
http://penta.ufrgs.br/~marcia/teopiag.htm#aco
http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm
Estádios de Desenvolvimento
Para aplicação da teoria de Piaget ao ensino não é suficiente termos em conta os nomes dos estádios do desenvolvimento e as idades médias em que ocorrem e as suas principais características. Mesmo que para Piaget, as idades de ocorrência dos estádios são extremamente variáveis de um sujeito ao outro. De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na mesma seqüência, porém o início e o término de cada uma delas pode sofrer variações em função das características da estrutura biológica de cada indivíduo e dos estímulos recebidos do meio ambiente em que ele estiver inserido Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana, são eles: Sensório-motor, Pré-operatório, Operatório-concreto e Operatório-formal, assim caracterizados:
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
• Já pode agir por simulação, "como se".
• Possui percepção global sem discriminar detalhes.
• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todoas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
Após a leitura dos Estádios de Desenvolvimento segundo Piaget, pude analisar a minha turma de 3º ano, constatei que tenho uma aluna que está no estágio Pré operatório, pois ainda é muito egocêntrica, quer atenção toda para si e em casa é muito mimada, talvez por isso ela não conseguiu evoluir. Os outros alunos já estão em transição para o Operatório Concreto, pois já são mais independentes, fazendo suas relações usando a lógica. Hoje contamos na sala 13 pares de alunos, como estava faltando um, perguntei quantos pares ficaria se ele estivesse na sala. Uma aluna pensou e conseguiu responder rapidamente que ficaria o mesmo, por que só faltava mais um, se a professorsa entrasse junto teria mais um par. Alguns já conseguem fazer estas relações sem material concreto, mas a maioria ainda não.
Pesquisa feita em:
Texto: Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento – Marques Tânia Beatriz Iwaszko
Site: http://penta.ufrgs.br/~marcia/estagio.htm
MOSAICO
Para a proposta do mosaico eles deveriam conversar em casa sobre suas origens e trazer uma foto da família ou deles mesmos. Quem não tivesse poderia desenhar ou trazer uma imagem de revista.
Tenho 28 alunos de um terceiro ano (2ª série), onde houve muita dificuldade para relatarem sua identidade cultural, pois há antepassados de raças diferentes e muitos nem sabem como eram seus antepassados, porque foram abandonados pelos pais ou moram longe de seus familiares.
Comecei contando a história da Menina bonita do laço de fita, onde fala de um coelho branco que viu uma menina pretinha e queria ser igual a ela. Ele sempre perguntava à menina o que ela fez para ficar tão pretinha e tão bonita. Ela foi dizendo várias coisas como: tomou muito café, comeu muita jabuticaba, caiu na tinta preta. O coelho ia sempre tentando fazer o que a menina dizia e nada dava certo. Até que um dia ele descobriu que a menina era assim por causa de sua origem, tinha pais e avós pretos. Então ele concluiu que não poderia ser preto, mas poderia ter filhos pretinhos se casasse com uma coelha pretinha. Casou-se com uma e teve filhos de várias cores, uns brancos, uns pretos, uns brancos com pretos e uns bem pretos. Assim ele ficou muito feliz.
Os alunos adoraram a história.
Então começamos a observar as fotos que cada um tinha na mesa, ou a gravura. E fomos conversando o que cada um tinha de parecido com a foto. Eles acharam várias semelhanças, o nariz a boca, os cabelos, os olhos (formato, cor),a cor da pele. Iam contando quem da família possuía as características que eles tinham. Assim foram descobrindo que o que somos é o resultado dos nossos parentes. Cada um pode relatar o que havia perguntado em casa sobre sua família. Tem um menino bem pretinho na sala, ele disse que só o pai dele é daquela cor, mas ainda com um pouco de vergonha para fazer o relato. Conversamos sobre filhos, se queremos ter filhos pretos com quem devemos casar? Se quisermos ter filhos brancos com quem devemos casar? Mas mesmo casando com alguém da cor que queremos ter filhos, pode acontecer de ter alguns com cores diferentes. Então eles relataram que tem irmão na família que são um pouco mais claros ou mais escuros, conversamos que isto é porque existe algum parentesco com uma etnia clara talvez alguma avó ou bisavó.
Notei que alguns tinham características de índios, perguntei se tinha na família algum índio eles só responderam que sim, com bastante vergonha. Alguns alunos não falaram nada sobre sua família, nem souberam dizer com quem eram parecidos. Sabendo como as famílias da escola são compostas, não insisti.
Na minha escola somos três estudantes de Pedagogia do Pead, então expomos os mosaicos no corredor para socializar com as turmas e o restante da escola. Todos adoraram ver seus amigos, primos, parentes nas fotos. Mostravam e comentavam com os colegas.
Acredito que expondo as várias raças que temos em nossas famílias, todos podem constatar que em todas as famílias há uma mistura, que não precisamos ter vergonha do que somos, valorizando assim a nossa identidade cultural e procurando saber um pouco mais de cada uma, para podermos ter um conhecimento melhor da nossa identidade
segunda-feira, 13 de abril de 2009
APRENDIZAGEM
Hoje para realizar a atividade de psicologia sobre aprendizagem, não pude deixar de relatar minhas aprendizagens
Ainda não tenho o domínio de tudo, mas com muita dedicação irei aprendendo e me sinto muito feliz em ser aluna de um curso que é 2 em 1, graduação em Pedagogia e Tecnologias, apesar de exigir bastante.
Muitas vezes fiquei e fico angustiada por não conseguir fazer logo o que preciso, mas para isso temos as tutoras que estão sempre prontas a nos socorrer.
Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los"
(Isaac Asimov).
"Conhecimento real é saber a extensão da própria ignorância"
(Confúcio)
terça-feira, 7 de abril de 2009
wiki novo
segunda-feira, 6 de abril de 2009
ARGUMENTO
O que é argumento?
O texto de Filosofia de Educação deixou bem claro o que é argumento: “ Argumentar é ter a intenção de convencer ou justificar”. O nosso argumento deve convencer sob o nosso ponto de vista. Mas com o Dilema do Antropólogo Francês, ficou um pouco difícil defender ou contestar. Conforme o lado que se olha ele, está certo. Se pensarmos sob a nossa cultura, poderíamos dizer que ele está errado, mas ele não queria interferir na cultura dos nativos. Mas a minha opinião é que sempre devemos defender a verdade que acreditamos, pois se acreditamos ela será verdade para nós e assim teremos argumentos, teremos como convencer o outro da nossa verdade.